Apenas 18% das cidades brasileiras possuem projetos de smart cities


Smart Cities Mundi acontece em agosto. Crédito-Freepik
Dezenas de executivos do setor de TICs e prefeitos estarão participando. Crédito-Freepik

A terceira edição da pesquisa TIC Governo Eletrônico, divulgada hoje, investigou pela primeira vez a presença de projetos ou planos municipais de cidades inteligentes entre as prefeituras brasileiras, bem como o uso de tecnologias na gestão urbana. Em 2017, 18% prefeituras que compõem o público-alvo da pesquisa afirmaram ter algum plano ou projeto de cidades inteligentes. Essa proporção chega a 77% nas capitais e a 70% nos municípios com mais de 500 mil habitantes.

Conduzida pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) por meio do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), o estudo também investigou o uso de tecnologias na gestão urbana: ônibus municipais com dispositivo de GPS que envia informações de localização e velocidade dos veículos (14%); sistema de iluminação inteligente que permite a medição de consumo de energia ou alteração à distância da iluminação de áreas do município (7%); semáforos inteligentes controlados remotamente (4%).

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Todas as iniciativas de uso das TIC na gestão urbana pesquisadas foram mais mencionadas entre as capitais, sendo as mais comuns: bilhete eletrônico para transporte público (81%), semáforos inteligentes (69%), ônibus com GPS (58%) e sensores de monitoramento de áreas de risco (50%).

“O conceito de smart cities está cada vez mais presente nas políticas urbanas e em agendas de organismos internacionais como a Organização das Nações Unidas (ONU) e a União Internacional das Telecomunicações (UIT), provocando a reflexão sobre como as cidades inteligentes podem se tornar caminhos possíveis para o enfrentamento de desafios urbanos”, comentou Alexandre Barbosa, gerente do Cetic.br.

Redes sociais on-line

De acordo com a TIC Governo Eletrônico 2017, aproximadamente três em cada quatro órgãos públicos federais e estaduais (77%) e prefeituras (75%) do Brasil afirmaram possuir perfis próprios em redes sociais on-line. Pela primeira vez foi levantada a existência de perfil ou conta em aplicativos como WhatsApp ou Telegram, mencionada por 25% dos órgãos públicos federais e estaduais e 17% das prefeituras.

Apenas 26% dos órgãos públicos federais e estaduais declararam possuir manual ou guia para publicação de conteúdo em redes sociais – essa proporção é de 15% nas prefeituras. A maior parte declarou possuir uma pessoa ou área responsável pelo relacionamento com os cidadãos nas redes sociais on-line: 84% dos órgãos públicos federais e estaduais e 76% das prefeituras. Por outro lado, nos órgãos federais, aumentou de 8% para 20%, entre 2015 e 2017, a existência de alguma terceirização no serviço de relacionamento com o cidadão nessas redes. Entre as prefeituras, 15% declararam terceirizar esse tipo de relacionamento.

Apesar de quase a totalidade dos órgãos públicos estaduais e federais possuírem websites (90%), apenas 25% dos órgãos estaduais ofereceram o serviço público mais procurado pelos cidadãos inteiramente pela Internet, ao passo que essa proporção chega a 44% entre os órgãos federais. Os motivos mais citados pelos órgãos estaduais para não prestar o serviço público mais procurado integralmente pela rede são não ser possível realizar o serviço inteiramente pela Internet (59%) e restrições legais (39%).

Entre as prefeituras, aumentou a proporção daquelas que possuem website, passando de 88% (2015) para 93% (2017). Em relação aos serviços on-line, também cresceu a proporção de prefeituras que oferecem emissão de nota fiscal eletrônica (de 41% para 51%), consulta de processos administrativos ou judiciais em andamento (de 33% para 46%) e emissão de documentos como licenças, permissões e certidões (de 31% para 40%), especialmente nos municípios localizados no Interior e com até 10 mil habitantes. Apesar desse crescimento, apenas três dos nove serviços medidos pela pesquisa são disponibilizados no website por mais da metade das prefeituras: fazer download de documentos ou formulários (83%), preencher ou enviar formulários (55%) e emitir nota fiscal eletrônica (51%).

Software e serviços de computação em nuvem

A edição de 2017 da TIC Governo Eletrônico também aponta que o uso de software livre é mais comum nos órgãos públicos federais (93%) do que nos estaduais (78%), sendo utilizado na esfera federal principalmente pelos funcionários de TI (99%) e para o funcionamento dos servidores de dados e redes (96%). Em 85% dos órgãos federais e 57% dos estaduais houve desenvolvimento de softwares novos para atender às suas necessidades específicas. Nos órgãos do Judiciário e Ministério Público, essa proporção atinge mais de 90%. Aproximadamente metade dos órgãos públicos federais (52%) que desenvolveram software na própria organização ou para atender necessidades específicas do órgão também compartilhou ou cedeu esses softwares para outros órgãos públicos.

Ainda de acordo com o levantamento, os serviços de computação em nuvem mais contratados pelos órgãos públicos federais e estaduais são e-mail (25%) e armazenamento de arquivos ou banco de dados (20%), sendo que nos órgãos estaduais esses serviços foram fornecidos principalmente pelas organizações públicas de TI.

(com assessoria de imprensa)

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