Banda larga: opção por municípios mais populosos contempla população mais carente


Do Tele.Síntese

Lia Ribeiro Dias, do Tele.Síntese; Artur Coimbra, diretor de Banda Larga da Secretaria de Telecom do MCTIC e Alexandre Ywata, diretor do Ipea. Foto: Gabriel Jabur

Para dar apoio técnico à definição do governo da nova política de banda larga, o Ipea foi contratado pela Anatel para verificar qual o impacto da conectividade no desenvolvimento econômico dos municípios. E produziu um estudo em que, em sua terceira fase, definiu quais os critérios para a priorização dos municípios para receber investimentos públicos em banda larga: municípios de menor IDH; municípios não conectados ao backhaul de fibra óptica; municípios não conectados ao backhaul de fibra óptica com mercado potencial (maior população e renda).

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O resultado da simulação, de acordo com Alexandre Ywata, um dos autores do estudo, mostra que se os investimentos públicos forem realizados nos municípios sem conexão ao backhaul de fibra (o universo de 2.235 municípios), o retorno será maior não só m termos de crescimento do PIB, mas também de maior acesso da população de baixa renda ao serviço. E foi essa a opção adotada pelo governo para orientar as diretrizes do novo modelo de telecom que será submetido à consulta pública.

Segundo Artur Coimbra, diretor de Banda Larga da Secretaria de Telecomunicações do MCTIC, a nova política de banda larga vai orientar todos os investimentos públicos para a construção de redes de transporte de alta capacidade para conectar cidades e vilas que não estão conectadas; redes de acesso em banda larga móvel; redes de acesso em banda larga fixa. Coimbra lembrou que a experiência dos projetos de telecom mostra que nos municípios com backhaul em fibra a densidade de banda larga é seis vezes maior do que aqueles que não tem. “Daí a importância da conexão dos municípios ao backhaul de fibra”, disse.

O diretor de Banda Larga disse que esses são os critérios gerais a serem observados nos investimentos na infraestrutura de implantação de banda larga, mas que a agência poderá, em determinados casos, levar em consideração outras políticas públicas, como a das Cidades Inteligentes contemplada na própria política de telecom, ou o interesse de provedores regionais por redes de transporte.

 

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