Internet brasileira sofre agora efeito do furacão Maria


Provedores regionais de internet estão registrando quedas significativas na velocidade de suas redes nos últimos dias., em suas conexões com o exterior. E esses problemas estão vinculados, ainda, ao furacão Maria, que destruiu inúmeras ilhas do Caribe, principalmente Porto Rico e Saint Croix, rota da maioria dos cabos submarinos internacionais que se conectam com a América do Sul.

Por quê essa lentidão só começou agora, vários dias depois da passagem do furacão Irma, na primeira semana de setembro, e agora o Maria, que se formou no início desta semana, é uma das questões que intrigam as operadoras brasileiras. Na opinião de alguns analistas, isso deve a fato de que, embora os cabos submarinos estejam projetados para enfrentar qualquer tipo de vento e para funcionar automaticamente, precisam da intervenção humana nos Pops e nas land stations.

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“O problema é que essas ilhas foram evacuadas e, em muitos lugares, a mão de obra ainda não conseguiu retornar, deixando os sistemas sem manutenção mais tempos do que o previsto”, assinala um consultor.

Uma das redes mais afetadas, porque um de seus Pops está justamente na ilha de Saint Croix, que foi devastada pelos dois furacões – o Irma e agora o Maria -, é a da Telecom Italia Sparkle, que dá uma paradinha em Fortaleza, mas tem seu Pop no Rio de Janeiro.

Conforme o analista de telecomunicações, Uesley Correa, estima-se em 60% a 70% de perda de pacotes de quem sai do Rio de Janeiro pela rede da Sparkle.  A empresa confirma que precisou tomar medidas devido ao furacão Maria.

“O furacão Maria, de categoria 5, impactou Porto Rico causando severos danos e enchentes na ilha. Tivemos que ‘desenergizar’ nosso nó na estação para evitar danos mais sérios aos equipamentos. Essa situação provocou a saturação de nosso tráfego IP que afeta nossa rota internacional em direção ao Brasil”, informou a empresa. Também a Highwinds, que revende capacidade do Sparkle, confirmou o problema.

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