NIC.br estuda possibilidade de Fortaleza sediar novo Open CDN


O NIC.br está começando a estudar a instalação de um novo Open CDN — iniciativa que reúne provedores e fornecedores em um local — em Fortaleza. A escolha da cidade é estratégica já que é esperado que o IX.br em operação na cidade se torne em pouco tempo o segundo mais procurado após São Paulo.

A ideia da criação do Open CDN veio a partir da necessidade de descentralização do tráfego de dados. “Com exceção de Roraima, todos os demais estados se conectam ao IX.br de São Paulo”, comentou  Milton Kashiwakura, diretor de Projetos Especiais do NIC.br. Como a maior parte desse tráfego se refere à busca de conteúdo distribuídos pelas CDN (Content Delivery Network) o projeto prevê um novo modelo de negócios, onde provedores, operadoras e distribuidores compartilhem os custos, como forma de atrair para outras regiões essas empresas.

PUBLICIDADE

O primeiro Open CDN foi instalado em Salvador na Universidade Federal da Bahia. Como havia uma declarada indisposição das CDNs de investirem em infraestrutura própria em novas localidades, foi oferecido a elas espaço em rack para a hospedagem dos servidores de cache CDN e largura de banda para o IX.br de São Paulo para que possam atualizar os caches.

Em Salvador, há atualmente 24 participantes ativos e quatro em processo de ativação. A capital baiana foi escolhida por sua região metropolitana possuir um número expressivo de redes interligadas e apresentar potencial de crescimento.  São 321 sistemas autônomos sendo que, destes, 134 estão localizados num raio de 80 km do Ponto de Troca de Tráfego do IX.br.

O segundo Open CDN estava previsto para ser instalado em Curitiba, mas esse projeto está suspenso temporariamente. “Fizemos uma pesquisa com os provedores do Paraná e eles nos disseram que para eles o custo para chegar ao ponto de tráfego de Curitiba era maior do que chegar ao de São Paulo”, afirmou. Mesmo assim, o NIC.br chegou a conversar com a Copel Telecom em busca de uma solução de transporte de dados mais competitivas para essas empresas, mas ainda não obteve uma resposta.

Apesar dos estudos ainda estarem embrionários, a escolha de Fortaleza pode ser um processo natura. Segundo Kashiwakura, há muitas expectativas para a cidade que recebe 16 cabos submarinos, tem um IX.br com chances de se tornar o segundo mais ativo no país e tem cobertura de fibra óptica em quase todo o estado. Por enquanto, apenas a Netflix tem infraestrutura no local.

A Globenet anunciou ontem a inauguração oficial do seu PIX central em Fortaleza, em parceria com o NIC.br. 

 

Previous 54 projetos de IoT estão em análise no BNDES
Next Provedores contribuem para expansão da Cisco fora do eixo RJ-SP-MG

No Comment

Leave a reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *