Nordeste puxa expansão do corporativo da Cemig Telecom


Fábio Abreu, diretor Comercial e de Operações

Do Tele.Síntese

Apesar do quadro macroeconômico, de janeiro a agosto as vendas da Cemig Telecom no segmento corporativo tinha crescido 23%. E uma das regiões que vem contribuindo para essa expansão é o Nordeste. Nesta semana, a empresa fechou contrato com uma rede de farmácias da região para atender a 150 lojas.

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O motivo da expansão da Cemig Telecom no Nordeste – tem redes nas regiões metropolitanas de Salvador, Recife e Fortaleza – e no Centro-Oeste – em Goiânia – é o fato de ser uma nova entrante, com uma rede nova, toda em fibra óptica. “Oferecemos qualidade e temos uma política comercial mais agressiva, de quem está chegando ao mercado”, conta Fábio Abreu, diretor Comercial e de Operações da empresa.

A Cemig Telecom decidiu se aventurar além das fronteiras de Minas Gerais, seu mercado natural, quando venceu uma licitação da Caixa Econômica Federal, em 2014, para prover conectividade às agências do banco em Minas Gerais e na Bahia. Posteriormente o contrato foi estendido para Recife, Fortaleza e Goiânia.

Para isso, construiu redes metropolitanas num total de mil quilômetros em fibra óptica, com tecnologia GPON. As redes atendem a 18 cidades, nas quatro regiões. Para potencializar o uso dessas redes, a empresa montou um modelo comercial de gestão em parceria com canais, o que permitiu saltar de nove clientes, em 2015, para 168 clientes atuais, que já respondem por 7% do faturamento total da companhia. No conjunto, a base de clientes corporativos da Cemig Telecom soma 1,1 mil.

Segundo Abreu, o foco da Cemig Telecom nessas quatro regiões metropolitanas do Nordeste e de Goiânia se concentra no varejo. “Como essas redes foram construídas para atender às lojas da CEF, elas passam onde está o comércio. Estão longe, por exemplo, dos parques industriais”, conta ele.

Crescimento

Ao contrário do que se podia esperar, o anúncio, pela Cemig, de venda de parte de seus ativos, entre eles a Cemig Telecom, não paralisou os negócios do braço de telecomunicações do grupo de energia. O anúncio foi feito no final de maio e, de lá para cá, de acordo com Abreu, a empresa segue incorporando uma média de 60 clientes/mês à sua carteira corporativa.

Esse desempenho deve garantir à empresa um crescimento de 18% nas receitas em relação ao ano passado, R$ 168 milhões contra R$ 137 milhões, com Ebtida (resultado antes dos juros, incorporações, depreciações e amortizações) de 34%. O resultado final deve ficar próximo do empate, impactado pelo elevado investimento na rede de longa distância, com recursos próprios.

Além do crescimento do mercado corporativo, também o segmento de ISPs está contribuindo para o bom desempenho da Cemig Telecom em ano difícil. De janeiro a agosto, ele se expandiu 40%.

 

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