Parceria entre programas do MCTIC expande rede de fibras óticas pelo Brasil


foto: divulgação MCTIC

foto: divulgação MCTICAs redes de fibra óptica do programa Veredas Novas, coordenado pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), devem ser implantadas em 70 cidades do país até o final de 2018, conectando universidades e institutos de pesquisa. A iniciativa é do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) em parceria com o Conselho Nacional de Secretários para Assuntos de Ciência, Tecnologia e Inovação (Consecti) e o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap).

Esse resultado do Veredas Novas só será possível graças à parceria com o programa Cidades Inteligentes, também do MCTIC, que já levou fibra óptica a 38 municípios do país. Essas redes, agora, serão usadas pela RNP para ampliar as conexões nas universidades e institutos de pesquisa a exemplo do que já ocorre em 20 cidades que possuem as Redes Comunitárias de Educação e Pesquisa (Redecompes) com internet de alta velocidade. Outra parceria, desta vez com o programa Amazônia Conectada, vai permitir a implantação de redes de alta velocidade também em Tefé, Coari e Manacapuru, no Amazonas. Somam-se à lista as cidades de Senhor do Bonfim, na Bahia; Codó, Imperatriz e Pinheiro, no Maranhão; Dourados, no Mato Grosso do Sul; Ponta Grossa e Londrina, no Paraná; e Caicó e Mossoró, no Rio Grande do Norte.

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“Toda cidade digital que tem uma instituição de ensino superior e pesquisa tem um par de fibras usado pelo programa Veredas Novas e vice-versa”, afirma o diretor-adjunto de Relações Institucionais da RNP, Gorgonio Araújo.

Em cada cidade, a implantação da rede de alta velocidade permite que a vida do cidadão dê um salto de qualidade. Um exemplo é a rede Giga Mossoró, que, após a inauguração prevista para agosto de 2018, terá 25 quilômetros de fibra óptica conectando três instituições públicas de ensino superior: a Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (Uern), a Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa) e o Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN). A implantação da rede já impulsionou o desenvolvimento de uma plataforma de gerenciamento de trânsito em Mossoró: um sistema de informação geográfica onde são registrados dados como acidentes de trânsito e ocorrências de segurança, que podem ser visualizados em mapas georreferenciados.

“Faremos o videomonitoramento da cidade na área de trânsito e de segurança para atender todo esse entroncamento de cidades da região. Com uma boa rede, que possa transmitir dados com facilidade e com força, a gente consegue implantar aquelas câmeras que fazem leitura de placas, conhecido como leitor de OCR, uma tecnologia que já existe no Brasil. Essa câmara identifica o carro que está circulando, se tem alguma restrição de roubo e furto tanto em relação ao veículo, quanto em relação ao condutor”, explica o secretário de Defesa da Cidadania de Mossoró, Eliéser Girão Monteiro Filho.

Segundo ele, a Giga Mossoró também vai permitir ações de prevenção ao tráfico de drogas. “Se você atua coibindo a circulação de traficantes, por exemplo, consegue fazer com que haja uma redução dessa vulnerabilidade do jovem e da criminalidade. Quando você tem uma rede para isso, você substitui a presença dos policiais. Com a rede Giga, conseguimos ter o olhar do policial ou do agente de trânsito em oito câmeras ao mesmo tempo. Temos uma quantidade pequena de câmeras que já estão funcionando, e o software do projeto está sendo desenvolvido pelas universidades. Para ampliação dos investimentos, estamos abrindo as portas e janelas em busca de parcerias para quadruplicar a quantidade atual de câmaras: queremos 42”, diz.

Baixo custo e de qualidade

O diretor da RNP Gorgonio Araújo ressalta a qualidade e o custo das redes oferecidas pelo programa Veredas Novas. “Ela é cerca de cinco vezes mais barata do que os valores cobrados pelo mercado, quando é oferecida.”

Ele lembra que, no caso de Mossoró e Vitória da Conquista, por exemplo, a infraestrutura atual não chega a 1 gigabyte ou simplesmente não existe. “As operadoras não fornecem ou fornecem a um preço que não dá para pagar. Então, para o governo e as instituições, é uma questão de qualidade e economia. Para a população, o benefício é o impacto das Tecnologias da Informação. Para o pesquisador que está no interior, é do nosso interesse que ele se fixe e tenha uma infraestrutura de TI similar ao que ele teria em São Paulo e Nova Iorque. Aí ele pode desenvolver a pesquisa dele de ponta com tranquilidade, e a tecnologia, que é tão importante, deixa de ser limitante.” (Com assessoria de imprensa)

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