A inteligência artificial está a um passo de se tornar parte do dia a dia dos consumidores. De acordo com o estudo “O Impacto da Tecnologia em 2026 e Além”, conduzido pelo IEEE, a adoção da chamada IA agêntica — sistemas capazes de executar tarefas de forma autônoma, como assistentes pessoais digitais — deverá atingir o mercado de massa já no próximo ano.
O levantamento ouviu 400 líderes de tecnologia de seis países, incluindo o Brasil, e revela que 60% dos entrevistados brasileiros preveem a chegada da IA agêntica ao consumo em larga escala em 2026. Entre os principais usos esperados estão os assistentes pessoais e organizadores de agenda (52%), gerenciadores de privacidade de dados (45%), monitores de saúde (41%) e automatizadores de tarefas domésticas (41%).
O avanço, segundo o IEEE, virá acompanhado de forte demanda por infraestrutura e profissionais de dados. Cerca de 91% dos especialistas acreditam que o crescimento do uso da IA para análise de grandes volumes de informação levará à contratação de mais analistas de dados, responsáveis por verificar a precisão, transparência e segurança dos resultados.
Outro ponto de destaque é o impacto da IA sobre outras tecnologias: 52% dos entrevistados apontaram a robótica como a área mais afetada, seguida por realidade estendida (36%) e veículos autônomos (35%). No Brasil, os setores que mais deverão sentir a transformação incluem desenvolvimento de software (60%), serviços financeiros (48%), mídia e entretenimento (48%), saúde (28%) e telecomunicações (18%).
Os executivos também expressaram preocupações com privacidade e segurança de dados, citadas por 48% dos participantes, e com o uso indevido de IA em ataques cibernéticos (12%).
Para o IEEE, o ritmo de inovação permanecerá elevado: 64% dos líderes brasileiros esperam que o investimento em IA agêntica siga acelerando em 2026, tanto por grandes empresas quanto por startups. O estudo ainda indica que metade dos empregos no mundo poderá ser ampliada com apoio de softwares de IA até o próximo ano, refletindo o impacto direto da tecnologia sobre o mercado de trabalho.
O levantamento foi realizado entre 11 e 17 de setembro de 2025 e contou com executivos de organizações de mais de mil funcionários em diversos setores — entre eles telecomunicações, energia, educação, finanças e governo.