A Alares, operadora de telecomunicações com sede em São Paulo e atuação em 228 cidades de sete estados, registrou receita operacional líquida de R$ 230,85 milhões no segundo trimestre de 2025, alta de 31% frente ao mesmo período de 2024. No acumulado de seis meses, a receita somou R$ 453,6 milhões, avanço de 29,3% sobre igual período do ano passado.
O EBITDA totalizou R$ 105 milhões no trimestre, crescimento anual de 30%, com margem de 45,4% — superior à do primeiro trimestre de 2025 e à de 2024. A geração de caixa medida pelo EBITDA-Capex alcançou R$ 51 milhões, avanço de 48% em um ano.
O CFO da companhia, Danilo Perez, destacou que “a nossa margem do segundo trimestre já é maior do que a margem do primeiro trimestre e maior também do que a margem de 2024, que foi de 45%”, atribuindo o ganho à captura de sinergias da integração da Azza, adquirida no quarto trimestre de 2024. “Isso reforça a nossa posição como benchmark em M&A e consolidação”, disse.
Segundo Perez, outro destaque foi o crescimento de 32% nas vendas. Ele associou o resultado à capacidade da empresa de analisar mercados de forma granular e expandir canais de vendas, apoiada em uma plataforma integrada. A base de clientes chegou a 800 mil, com acréscimo de 160 mil assinantes em 12 meses.
Desde 2015, a Alares concluiu 20 operações de M&A. Em 2025, promoveu reestruturação societária incorporando Sevi e Azza na subsidiária Cabo Serviços de Telecomunicações, simplificando estruturas e reduzindo custos.
No trimestre, foi lançado o Alares Play, plataforma de streaming e TV. O CFO afirmou que o serviço deve ajudar a “trabalhar melhor a nossa base de clientes” e diversificar receitas. A companhia também intensificou o uso de inteligência artificial no atendimento e suporte a equipes de campo.
No semestre, a companhia apresentou prejuízo líquido de R$ 58,22 milhões, frente a perda de R$ 66,65 milhões no mesmo período de 2024. O resultado foi influenciado por despesas financeiras de R$ 123,57 milhões e amortizações e depreciações de R$ 145,7 milhões.
Perez disse que o CAPEX está sendo mantido no mesmo patamar de dois a três anos atrás, mesmo com a expansão da base. “A recuperação de equipamentos e a maior capacidade de negociação com fornecedores têm ajudado muito a manter a eficiência e a geração de caixa”, concluiu.