Uma nova pesquisa global da ICANN (Corporação da Internet para Atribuição de Nomes e Números) mostra que os domínios personalizados na internet — chamados de gTLDs, ou domínios genéricos de topo — estão no radar de boa parte dos líderes de marketing. Segundo o levantamento, 52% desses profissionais acreditam que os gTLDs têm alto potencial para reforçar a presença online de marcas, enquanto 92% passaram a enxergar vantagens após entenderem o funcionamento desse recurso.
A próxima janela para solicitação de gTLDs será aberta em abril de 2026, pela primeira vez desde 2012. Para os provedores regionais e operadoras de menor porte, essa é uma oportunidade estratégica para operar um domínio personalizado, com extensão própria após o ponto — como .isp, .telecom ou com o próprio nome da marca.
Os gTLDs permitem que empresas criem extensões exclusivas para seus sites, diferenciando sua presença digital e potencialmente agregando mais confiança ao usuário. A ICANN aponta que, entre os principais benefícios citados por líderes de marketing, estão a diferenciação da marca (46%), maior confiança do cliente (45%), controle sobre a presença online (44%) e melhora no SEO (44%).
Apesar disso, a pesquisa revelou que ainda há desafios a superar. Cerca de 32% dos entrevistados afirmaram não estar familiarizados com os gTLDs, e obstáculos como custo (31%) e falta de conhecimento técnico (27%) foram apontados como barreiras. Apenas 19% disseram atuar em empresas que já solicitaram um domínio desse tipo anteriormente.
Para reduzir essa lacuna, a ICANN criou o Programa de Apoio ao Solicitante (ASP), que oferece ajuda financeira e técnica para organizações com menos recursos que desejem se candidatar. O objetivo é ampliar o acesso aos gTLDs e incentivar a criação de espaços digitais personalizados e seguros.
A pesquisa entrevistou 2.000 tomadores de decisão em marketing em oito países, incluindo o Brasil. Entre os entrevistados brasileiros, 161 participaram do estudo realizado em março de 2025. Líderes de marketing da Nigéria (74%) e da Índia (61%) estão entre os mais entusiasmados com os gTLDs. Já na China, o resultado foi mais dividido, com metade vendo benefícios e 49% considerando o investimento arriscado. Mais detalhes, em inglês, aqui. (Com assessoria de imprensa)