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Ligga Telecom prevê retomar o lucro em 2026

Reforma tributária e imposto ISP. Crédito-Freepik
Bárbara Castro Alves , da da VianaTel, analisa os impactos para o setor. Crédito-Freepik

A Ligga Telecom registrou receita líquida de serviços de R$ 314,9 milhões no primeiro semestre de 2025, alta de 11,5% frente aos R$ 282,4 milhões do mesmo período de 2024. O resultado, no entanto, foi outra vez negativo, com prejuízo líquido de R$ 42,4 milhões, quase o dobro do verificado um ano antes (R$ 21,8 milhões). A administração afirma que as ações em andamento incluem renegociação de contratos com fornecedores, integração de sistemas, fortalecimento da área de garantia de receita e redução de despesas não essenciais. O objetivo na Ligga é retomar a lucratividade em 2026.

O balanço financeiro, divulgado nesta quinta-feira, 14, mostra que o lucro operacional somou R$ 38,4 milhões, mas foi anulado pelo resultado financeiro negativo de R$ 101 milhões, puxado por despesas com debêntures, empréstimos e variações cambiais. O endividamento líquido fechou junho em R$ 864,7 milhões, o equivalente a 79% do patrimônio líquido.

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No semestre, a Ligga incorporou três empresas do grupo: Nova Fibra, Horizons e Bordeaux Participações. A operação com a Bordeaux foi reversa, com transferência de ativos e passivos à Ligga sem emissão de novas ações, visando simplificar a estrutura societária e aumentar a eficiência tributária e administrativa.

Essas transações elevaram o ativo intangível para R$ 1,03 bilhão, incluindo ágio de R$ 783,8 milhões e carteiras de clientes avaliadas em R$ 184,6 milhões. Em dezembro de 2024, a companhia havia adquirido uma carteira de cerca de 40 mil clientes de Serviço de Comunicação Multimídia (SCM), com pagamento parcelado em 22 meses.

As debêntures da 5ª emissão somavam R$ 1,118 bilhão em junho, com vencimento final em 2030. Os empréstimos e financiamentos totalizaram R$ 178,7 milhões, parte protegida por operações de swap contra variação cambial.

A empresa investiu R$ 58,1 milhões em imobilizado no semestre, principalmente em infraestrutura de rede óptica e equipamentos. No fluxo de caixa, as atividades operacionais geraram R$ 100,9 milhões líquidos, enquanto os investimentos consumiram R$ 89,9 milhões.

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