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Práticas ESG e o uso da tecnologia como indutor

"Os temas de ESG  serão ainda muito disseminados"/Crédito: Divulgação
“Os temas de ESG serão ainda muito disseminados”/Crédito: Divulgação

*Por André Botelho

Cada vez mais considerados nas agendas das lideranças empresariais, os temas de ESG (Ecologia, Social e Governança) serão ainda muito desenvolvidos em todas as áreas das organizações. E, ao passo dessa evolução, as companhias precisarão de ferramentas tecnológicas para suportar a implementação de muitas destas estratégias, para os aspectos ambientais, sociais e de governança. Afinal, esses temas são considerados fundamentais para a perenidade e o sucesso empresarial de longo prazo.

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Para prosperar nesta era de preocupações crescentes com o futuro do planeta e das próximas gerações, as empresas devem abraçar o ESG como um aspecto mandatório das suas estratégias de negócios, para contribuir de forma ativa com as diversas iniciativas globais para a preservação do meio ambiente e da busca de melhor qualidade de vida para todos, se posicionando assim para o mercado e para o público em geral como agente de mudanças, alinhando as estratégias de negócios com os aspectos de sustentabilidade e sociais.

Não à toa, essa pauta conversa também com a chamada jornada digital. Mas não se trata apenas de adoção de tecnologia. Vai muito além. Esse caminho diz respeito também à transformação de negócios, pela ótica do social e do ambiental. Por isso, o olhar das empresas sobre aspectos de ESG traz o bem-estar físico e mental de suas pessoas como elementos que sustentam o pilar do social.

Aspecto de extrema importância para as organizações e suas lideranças, os aspectos sociais e de qualidade de vida ganharam uma nova definição, em razão das consequências da pandemia de covid-19. Ou seja, as questões ligadas à saúde física e mental de seus colaboradores e familiares entraram de vez na agenda das empresas e governos. Com as pessoas atuando de maneira remota, as organizações passaram a demandar soluções digitais voltadas não apenas para a gestão das equipes, mas também para a gestão proativa da saúde e o bem-estar.

Como o lado social é um aspecto extremamente importante das práticas de ESG, é fundamental que as companhias pensem em como adotar recursos tecnológicos que assegurem prevenção de saúde, aumento de produtividade e entendimento sobre a qualidade de vida de seus profissionais. Nesse aspecto, a adoção de um conjunto de soluções, que vão desde o chamado Workspace as a Service (WaaS), para o trabalho remoto, passando por telemedicina, recursos de inteligência artificial e analytics, para os departamentos de recursos humanos, se faz fundamental para implementar e compreender as necessidades sociais.

Um outro ponto essencial, e que requer cada vez mais atenção, diz respeito às práticas ambientais e de sustentabilidade. Aspectos como emissão de carbono, uso de recursos naturais, gestão de resíduos, preocupação com a biodiversidade e com o desmatamento. Ou seja, é fundamental que as organizações tenham estratégias claras de redução e compensação de emissões de gases de efeito estufa, e também de eliminação segura de resíduos, priorizando reciclagem, reutilização ou recuperação de materiais.

Nessa frente, buscar soluções e iniciativas apoiadas na tecnologia, com esforço mínimo de recursos e investimentos, pode fazer uma grande diferença em pouco tempo. Por exemplo, utilizando equipamentos, como computadores projetados para priorizar o baixo consumo energético com o mesmo poder de uma máquina tradicional. Isso é possível com a utilização de dispositivos Raspberry Pi conectados à computação em nuvem. A título de comparação, uma empresa pode contar com mil máquinas nesse formato e obter uma economia de 86% de uso energético, na comparação com o mesmo montante de desktops tradicionais.

Em suma, as boas práticas de ESG estão se tornando cada vez mais cruciais nas estratégias de negócios das companhias. E aquelas que verdadeiramente incorporarem essa preocupação em suas áreas de atuação conseguirão sair na frente. Não há a menor dúvida de que a tecnologia, com suas inovações e soluções, pode acelerar muito esse processo. Com as ferramentas certas, pequenos investimentos e gestão adequada, o impacto positivo pode ser extraordinário.


*André Botelho é Business Develop Manager da SONDA, empresa latino-americana de soluções e serviços de tecnologia.

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