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Sky vai comercializar banda larga Amazon LEO

A Sky Brasil confirmou que iniciará pelo Sul do país a oferta de banda larga via satélite em parceria com a Amazon, baseada na constelação de órbita baixa (LEO) do Project Kuiper. O lançamento ocorre simultaneamente ao anúncio oficial da nova marca global Amazon LEO como denominação comercial do serviço de internet via satélite desenvolvido para usuários residenciais e corporativos.

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O CEO da empresa, Gustavo Fonseca, explicou que a cobertura inicial será possível devido ao adensamento da constelação na região sul do continente. “Eles estão adensando os satélites, começando mais de baixo (pelo Sul), até que chega um momento vai cobrir todo o território”, disse, em coletiva de imprensa na quinta-feira, 13, em São Paulo.

Segundo ele, o produto Leo em parceria com a Sky permitirá atendimento em áreas onde as redes terrestres não chegam. “É um produto que permitirá a qualquer um, em qualquer lugar do território, acessar a internet através de uma anteninha pequena”, afirmou.

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A Amazon escolheu Sky Brasil e DIRECTV Latin America como distribuidoras do serviço na América do Sul, cabendo à Sky o lançamento no mercado brasileiro. As duas empresas serão responsáveis por desenvolver a operação regional e oferecer suporte local, reforçado pela estrutura de atendimento própria.

O projeto integra o portfólio de conectividade do Grupo Werthein, que já atua com fibra óptica e agora adiciona uma solução satelital de baixa latência.

O serviço utilizará satélites de órbita baixa a aproximadamente 630 km da superfície terrestre, banda Ka e enlaces ópticos entre satélites.

A Amazon afirma que o sistema poderá atingir velocidades de até 400 Mbps para residências e 1 Gbps para empresas, com latência comparável à fibra óptica. O investimento estimado no conjunto da rede é de US$ 10 bilhões.

Foram lançados até o momento 153 satélites, distribuídos em seis missões, parte da constelação final prevista de 3.236 unidades, a ser completada depois de mais de 80 lançamentos. A cobertura será expandida gradualmente, iniciando pelo Sul do continente e avançando até a linha do Equador conforme novos satélites forem sendo posicionados. O sistema integrará satélites, estações em solo e terminais compactos para residências e empresas.

Fonseca comparou o avanço da oferta satelital com a incorporação das competências trazidas pela aquisição da Zaaz. Segundo ele, o movimento fortalece a capacidade da empresa de desenvolver ofertas convergentes e ampliar seu portfólio digital. A integração, afirmou, está alinhada à expansão da Sky em serviços de conectividade, complementando TV por assinatura, TVRO e modelos pré-pagos de conteúdo.

Fonseca ressalta, no entanto, que são negócios distintos. A aquisição da Zaaz é parte de uma estratégia de crescimento na banda larga por fibra óptica, a partir da aquisição de provedores. “Não vemos oportunidade na construção de redes”, observou. A unidade constituída é encarregada de buscar os M&A e, também, de operacionalizar a expansão da banda larga fixa do grupo em parceria com redes neutras.

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