A China, a Índia e o Brasil são os três países que mais adicionam clientes de fibra óptica ano a ano, segundo dados da consultoria Omdia. O levantamento da empresa se baseia nos números do primeiro trimestre deste ano.
Até o final de 2022, o Brasil era o segundo país com mais adições, mas a Índia apertou o passo, explica o analista Ari Lopes. “A Índia cresceu bastante e superou o Brasil porque estava atrasada e investiu bastante nos últimos dois anos na tecnologia”, diz.
O levantamento da Omdia anota que a China não apena adiciona muita gente a cada trimestre, crescendo 10% ao ano (51 milhões de acessos), como o país já tem mais de uma conexão por fibra por domicílio. O índice de penetração por lá é de 106%.
No Brasil ressalta ele, ainda há espaço para prestadores de serviço de banda larga crescerem. As adições líquida ano a ano no primeiro trimestre subiram 19%, somando 5 milhões. E a taxa de penetração é de apenas 42%.
A Índia deverá manter elevados índices de expansão nos próximos anos. Cresceu 65% ano a ano no primeiro trimestre, o que representa adição de 9 milhões de usuários. Mas tem penetração de apenas 8% dos domicílios com FTTH.
Projeções do 5G
A OMDIA também elaborou projeções para o crescimento do 5G nos próximos cinco anos. A perspectiva da consultoria é que o Brasil termine 2027 com 61% dos acesso já na nova geração móvel. O 4G terá 36% da bases, e os 3% restantes em 3G.
A seu ver, as operadoras do país têm concentrado esforços na implantação da rede. “O foco até o momento foi lançar a rede, e não em serviços inovadores. Acho que as operadoras têm sido muito conservadoras”, falou, em evento à imprensa nesta sexta-feira, 15. Outro motivo para os números do 5G não estarem mais altos, falou, se deve à timidez na oferta de FWA.
Futurecom 2023
A pesquisa apresentada por Lopes será aprofundada no evento Futurecom 2024, que acontece no de 3 a 5 de outubor em São Paulo. São esperados ali 30 mil executivos do setor.
Segundo o organizador, Hermano Pinto, dessa vez o evento terá escopo ampliado, trazendo debates sobre temas e setores que começam a se beneficiar da conectividade e da tecnologia. “Serão nove palcos de conteúdo, com painéis sobre indústria, agronegócio, governo eletrônico, cibersegurança, soluções corporativas e meios de pagamento, inovação e empreendedorismo.
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