Empresas brasileiras criam plataforma de monitoramento remoto para operações críticas em áreas isoladas


Empresas dos setores de mineração e energia, com operações situadas em regiões remotas e estruturas industriais de grande porte, enfrentam desafios crescentes em segurança e continuidade operacional. A combinação entre isolamento geográfico e extensão das plantas torna essas instalações vulneráveis a ações criminosas e incidentes operacionais com alto impacto financeiro.

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Impacto financeiro das paradas

Segundo dados apresentados pela Briskcom, companhia especializada em infraestrutura para operações críticas, a interrupção de uma turbina eólica para reparos pode causar prejuízos médios de R$ 30 mil por unidade a cada dia de paralização e o tempo médio de parada dos equipamentos gira em torno de 3 dias. Em casos mais graves, como o registrado em junho de 2024 em uma usina em Monte Alegre, no Pará, um único equipamento furtado tinha o valor de R$ 2 milhões, e o furto foi executado por criminosos disfarçados de policiais.

Isso sem mencionar os custos operacionais com o consequente aumento do efetivo de vigilância presencial e os custos humanos com a exposição desses profissionais de campo aos riscos inerentes desta função.

Arquitetura aberta e escalável

Para responder a esse cenário, a Briskcom desenvolveu, em parceria com a catarinense Wihex, uma plataforma de monitoramento remoto com foco em ambientes críticos. A solução utiliza sensores IoT e sistemas de gestão de segurança para controle de acesso, detecção de abertura de portas, comunicação em tempo real com equipes de campo e integração com redes públicas e privadas de segurança.

A tecnologia permite não apenas o monitoramento em tempo real, mas também a programação de manutenções com o objetivo de evitar alarmes falsos e reduzir o tempo de inatividade de equipamentos essenciais. A arquitetura aberta da plataforma, baseada em APIs, possibilita integração com diferentes dispositivos e sistemas preexistentes, favorecendo a escalabilidade e a adaptabilidade a ambientes em constante transformação.

“As necessidades de monitoramento mudam rapidamente em operações críticas, por ampliação, migração ou reconfiguração de ativos. A solução precisaria ser modular e customizável”, explicou Cláudio Calonge, CEO da Briskcom.

Segundo o executivo, o desenvolvimento conjunto com a Wihex agregou conhecimento técnico essencial para alcançar esse nível de flexibilidade. A solução reflete uma estratégia baseada em colaboração entre polos tecnológicos regionais e conhecimento aplicado à realidade operacional de setores expostos a riscos elevados.

Além da vigilância, a tecnologia também contribui para a resiliência operacional, ampliando a capacidade de resposta a incidentes e a prevenção de perdas em áreas com baixa presença estatal. O projeto se insere em um contexto mais amplo de uso da conectividade e da digitalização para transformar a gestão de ativos em regiões de difícil acesso — uma necessidade cada vez mais evidente em um país com infraestrutura distribuída em áreas remotas.

 

https://bit.ly/briskcom-demo-monitoramento-ativos

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