IBGE: Streaming avança e banda larga fixa é quase universal no Brasil


Mercado de ISPs têm cada vez mais opções de streamings como SVAs para clientes
Representantes de empresas que alimentam o mercado de ISPs com novas soluções de streaming apresentaram novos produtos no Encontro Nacional Abrint 2024 | Foto: Glenn Carstens Peters/Unsplash

Mercado de ISPs têm cada vez mais opções de streamings como SVAs para clientes

A banda larga fixa está presente em 88,9% dos domicílios brasileiros que utilizam internet, segundo dados da PNAD Contínua TIC 2024, divulgados pelo IBGE. O percentual representa um crescimento de dois pontos percentuais em relação ao ano anterior e confirma a estabilidade da conexão cabeada como principal via de acesso à rede nas residências do país.

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Enquanto a banda larga móvel também cresceu, passando de 83,3% para 84,3% dos domicílios conectados, foi o avanço da conexão fixa que mais contribuiu para ampliar o uso da internet, especialmente em áreas rurais. Em 2016, apenas 35% dos domicílios dessas regiões estavam conectados. Em 2024, esse número saltou para 84,8%, reduzindo para menos de 10 pontos percentuais a diferença em relação às áreas urbanas.

A expansão da conectividade tem modificado também os hábitos de consumo digital dos brasileiros. Pela primeira vez, mais da metade da população com 10 anos ou mais acessou a internet por meio da televisão. Segundo o IBGE, 53,5% dos usuários utilizaram TVs conectadas em 2024, superando pela primeira vez o microcomputador, que caiu para 33,4% — menor índice da série histórica iniciada em 2016.

Esse novo padrão acompanha a queda da TV tradicional. A recepção de sinal aberto por antena convencional recuou de 88% dos domicílios com televisão em 2023 para 86,5% em 2024. O serviço de TV por assinatura também continuou perdendo espaço, presente em 24,3% dos lares com TV — uma redução de quase um ponto percentual em um ano.

A substituição por plataformas de vídeo sob demanda é cada vez mais expressiva. O número de domicílios com acesso a serviços pagos de streaming chegou a 32,7 milhões em 2024, crescimento de 1,5 milhão frente ao ano anterior. Esse tipo de serviço já está presente em 43,4% das casas com TV, sendo mais comum nas regiões Sul, Centro-Oeste e Sudeste.

Embora os serviços tradicionais de televisão sigam presentes em muitos lares, a coexistência com o streaming é cada vez mais comum. Dos domicílios que assinam plataformas pagas de vídeo, 91,8% também têm acesso à TV aberta ou à TV por assinatura. Por outro lado, 8,2% já consomem exclusivamente conteúdo via internet, sem utilizar nenhuma forma de televisão convencional — o dobro do registrado em 2022.

Outro dado que confirma a migração dos hábitos de consumo é a queda no uso da parabólica grande. Em 2024, apenas 0,3% dos domicílios utilizavam exclusivamente esse tipo de antena para acesso à televisão, contra 1% em 2023. Ao mesmo tempo, as chamadas mini parabólicas digitais (que não sofrem interferência do 5G) ultrapassaram, pela primeira vez, as parabólicas grandes em número absoluto: 11,1 milhões contra 5,8 milhões.

O cenário descrito pelo IBGE confirma uma mudança estrutural no ecossistema de consumo audiovisual no país, em que a banda larga fixa se consolida como base para o acesso a conteúdos digitais e para a digitalização do cotidiano nas residências. (Com assessoria de imprensa)

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