O mercado brasileiro de banda larga fixa segue liderado por prestadoras de pequeno porte (PPPs), com aumento contínuo da participação dos provedores regionais. No segundo trimestre de 2025, essas empresas concentraram 56,4% dos acessos, segundo dados divulgados pela Anatel no Relatório de Monitoramento da Competição.
O crescimento da participação das PPPs foi acompanhado por um cenário de baixa concentração. O Índice Herfindahl-Hirschman (HHI), principal indicador utilizado para medir o grau de concentração de mercado, permaneceu abaixo de 0,07, patamar considerado altamente competitivo e bem distante do limite de 0,15 estabelecido pela agência reguladora como meta para 2027.
No total, o país registrou 22.474 prestadoras de banda larga fixa em operação no trimestre, sendo 11.951 com outorga e 10.523 autorizadas por dispensa de licença. Em cinco anos, a participação das PPPs passou de 35,8% para 56,4%.
A análise da Anatel indica que a banda larga fixa é hoje o segmento mais competitivo entre os serviços regulados de telecomunicações. Telefonia móvel e TV por assinatura, por outro lado, continuam apresentando níveis elevados de concentração.
Segundo o relatório, mesmo com a consolidação entre grupos regionais e fusões recentes no setor, a entrada de novos ISPs tem mantido o nível de concorrência. Claro e Oi perderam participação no período, enquanto a Vivo teve ligeira alta. Já os pequenos provedores mantiveram estabilidade ou cresceram levemente.
O desempenho das PPPs segue impulsionado pela atuação em regiões onde as grandes operadoras têm presença limitada. A expansão de redes próprias e a oferta de serviços por fibra óptica continuam sendo os principais vetores de crescimento dos ISPs.
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