Crise antecipa processos de modernização de empresas, diz FGV


CEO da L5.
CEO da L5.

As relações de trabalho mudaram com a pandemia do novo coronavírus, que antecipou um processo de transformação no mercado previsto para o prazo de cinco a dez anos: a adesão maciça ao home office. Segundo especialistas, mesmo quando a quarentena acabar, o modelo deverá fazer parte da rotina e ganhar, cada vez mais, espaço nas empresas.

Uma pesquisa recente realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) aponta que o home office deve crescer 30% após a pandemia da COVID-19. Intitulado Tendências de Marketing e Tecnologia 2020: Humanidade Redefinida e Novos Negócios, o estudo, elaborado com base em 100 empresas, constatou a intenção da continuidade no trabalho remoto como parte da manutenção das operações, fortalecendo uma tendência que cresce no Brasil e no mundo.

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Para o CEO da L5 Networks, Paulo Chabbouh, a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) pelo isolamento como forma de combate a proliferação do coronavírus fez com que muitas empresas de todos os portes aderissem à tecnologia para não ficarem paradas e, ao mesmo tempo, mantivessem os funcionários em segurança, trabalhando de casa.

Todo o processo feito de forma emergencial. “Infelizmente foi diante de uma situação limite que muitas empresas passaram a enxergar a importância de se ter uma estrutura completa de trabalho remoto, tanto em termos de gestão quanto de operação. Algo que a gente já vem defendendo há alguns anos e a pesquisa comprova isso. É uma tendência”, conta.

No final de 2018, uma pesquisa que contou com o apoio da Sabratt (Sociedade Brasileira de Teletrabalho e Teleatividades e da ABRH (Associação Brasileira de Recursos Humanos) divulgou os resultados de um levantamento que já mostrava o aumento da adesão do trabalho à distância pelas empresas: crescimento de 22% em relação aos dados coletados em 2016. Participaram do estudo 315 empresas de todas as regiões do país e que empregam 1 milhão de pessoas. Na ocasião, o setor de TI/Telecom foi o que registrou maior adesão, 16%.

“Além da possibilidade da realização do trabalho sem que os colaboradores e gestores tenham que se deslocar todos os dias, o trabalho remoto também proporciona redução de custos e, muitas empresas, devido à crise, estão de olho nisso. Hoje, a implementação de um sistema com estruturas de PABX, CRMs, atendimentos por chats (redes sociais) e demais softwares de gestão de equipes em nuvem, por exemplo, pode gerar uma economia superior a 30% ao compararmos gastos com os mesmos itens convencionais”, informa Chabbouh.

O estudo da FGV mostra que cada vez mais as empresas estão considerando a tecnologia como um aliado na execução do trabalho, em termos de flexibilidade e também satisfação dos colaboradores e, mesmo com o fim da pandemia, as empresas deverão retomar suas atividades, considerando o home office como parte da rotina. (Com assessoria de imprensa)

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