Inclusão digital: Como ISPs conectam todo o país


Crédito: DivulgaçãoPor Fabio Moreira*

Você já ouviu falar em inclusão digital? Ou parou para pensar como foi possível manter muitos serviços fundamentais funcionando em tempos de pandemia e lockdown? Realmente houve um grande salto nos últimos dois anos de conexão de banda larga fixa, e para que isso pudesse ser entregue de forma tão rápida e abrangente no Brasil houve um longo caminho de inovação e investimento dos provedores regionais independentes – ISPs – que através de redes de acesso em fibra ótica e equipamentos de rede de primeira linha conseguiram conectar mais de 20 milhões de pessoas e ter a maior parte de um mercado que anteriormente era dominado por operadoras de grande porte.

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Ter uma rede de conexão estável e de baixa latência é uma condição praticamente obrigatória para empresas, residências, instituições, e até usuários finais que já ajustaram seus hábitos para depender dessas redes para trabalho e entretenimento.  Para acompanhar essa mudança de comportamento, os provedores regionais fazem um trabalho intenso de atualização tecnológica e atendimento personalizado a todos públicos, inclusive nas regiões mais periféricas que tem uma menor prioridade das empresas tradicionais.

O que está por trás do crescimento da conectividade via fibra óptica?

A fibra óptica é uma aliada de valor para Provedores de Internet que desejam investir em uma infraestrutura mais qualificada, com conexões de alta velocidade, menos instabilidade e um melhor custo-benefício. Para se ter uma ideia, segundo uma pesquisa realizada pela TIC Provedores 2020, nove a cada dez provedores de acesso à internet oferecem fibra óptica aos clientes, não só nas novas conexões mas também atualizando as de tecnologia antigas via rádio ou ADSL.

Com essa tecnologia e equipamentos de rede de primeira linha que hoje estão disponíveis aos ISPs, a velocidade média da banda larga brasileira tem aumentado consideravelmente, já sendo os líderes em banda larga em praticamente todos os municípios do Brasil. Os ISPs brasileiros participam ativamente na entrega de redes mais velozes, tanto para pessoas físicas quanto para empresas – atualmente já mais de 84% de todas conexões de banda larga fixa no Brasil já são de mais de alta velocidade, conforme pesquisa da consultoria teleco.

A importância da inclusão digital no Brasil

 Além do desafio geográfico, antes de qualquer coisa, é necessário partir da noção de que o Brasil é um país muito desigual no socioeconômico. O conceito de ter um serviço de telecomunicações que serve qualquer tipo de público é uma utopia que fica demonstrada em dados quando se considera o alto nível de reclamações de usuários para as operadoras de grande porte quanto as importantes lacunas de investimento em infraestrutura.

De fato, o que acontece é um complemento importante entre as atuações das empresas maiores e dos regionais que constantemente trabalham inclusive entre si para melhorar a velocidade e tempo de resposta das redes que são a base para uma economia moderna, ágil e conectada. Certamente teríamos um abismo social ainda maior sem a atuação firme dos provedores regionais em tempos de pandemia e lockdown. De forma surpreendente e com investimento 100% privado, esses empreendedores conseguiram resolver um problema macro de forma local e ao somarmos o esforço dessas mais de 10 mil empresas já supera o market share das operadoras.

Se é impensável hoje o trabalho sem as ferramentas digitais, o entretenimento sem o streaming, os pagamentos sem Pix e a comunicação sem Whatsapp, podemos até nos espantar quando consideramos que metade de toda banda larga fixa no Brasil são de protagonistas que atuam de forma tão discreta.

Não há como negar o impacto dos Provedores de Serviço de Internet em todas cidades brasileiras, levando a fibra óptica ao alcance da população, sem distinções sociais, concedendo micro crédito que não seria possível em outro tipo de solução. Sem dúvidas, os ISPs são agentes de transformação tecnológica e social, apontando para um futuro cada vez mais conectado.


*Fabio Moreira é Diretor de Marketing da Celeti, fornecedora de hardware e serviços para provedores de internet. Possui mais de 20 anos de experiência na área de telecom e é graduado em Engenharia de Telecomunicações pela UNICAMP.

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