
A Alloha Fibra iniciou a última etapa de integração de sua infraestrutura de redes, com o lançamento de um backbone IP nacional unificado. O investimento total no projeto é de R$ 130 milhões, com R$ 45 milhões já aplicados em 2024 e R$ 85 milhões previstos até 2027. O objetivo é consolidar as redes das operadoras adquiridas nos últimos anos em uma arquitetura moderna baseada em segment routing v6 (SRv6), substituindo o modelo MPLS tradicional.
A operadora contratou a Huawei como fornecedora tecnológica após uma concorrência com oito participantes. A proposta vencedora destacou-se pela automação baseada em SDN (Software Defined Networking), que permitirá a ativação de serviços IP de alta capacidade em poucos dias. Atualmente, a Alloha conta com 1.600 pontos de presença (POPs) e 150 mil km de rede de fibra óptica em 869 cidades brasileiras.
Com a unificação do backbone, a empresa deixará de operar com múltiplos sistemas autônomos (ASNs) regionais e passará a atuar como um grande gerador de tráfego de internet no país. Isso deve reduzir custos com trânsito IP e aumentar a competitividade no mercado de atacado.
A nova rede IP será distribuída em 64 POPs selecionados dentro da infraestrutura já existente, que receberão equipamentos com capacidade de até 400 Gbps. Não haverá construção de novos data centers, mas sim a modernização das instalações atuais. Também será utilizado o equipamento ROADM (Multiplexador Óptico Reconfigurável), que permite maior alcance óptico com canais de 400 e 600 Gbps.
Além do novo core IP, o projeto inclui a finalização de rotas ópticas de 10 mil km interligando o Nordeste ao Sudeste, com pontos em cidades como Recife, Salvador, São Luís e Brasília. Também estão sendo ativadas novas rotas no Norte e Nordeste para ampliar o escoamento de tráfego para os grandes pontos de troca e distribuição de conteúdo no Sudeste e Centro-Oeste.
Segundo a operadora, a modernização beneficia diretamente cerca de 1,6 milhão de clientes finais e mais de 400 ISPs parceiros. A expectativa é concluir todo o projeto em até 18 meses. “Com o conteúdo mais próximo do cliente, ganhamos em latência, disponibilidade e experiência de uso”, afirmou Fábio Abreu, VP de redes da Alloha.
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