A TIP Brasil anunciou em 19 de novembro a aquisição de 100% das ações da TÁ Telecom. O negócio foi detalhado pelos executivos das empresas durante o evento IoT, MVNOs e Redes Privativas, organizado pelo Tele.Síntese e PontoISP em São Paulo.
Segundo Cristiano Alves, diretor comercial da TIP, a estratégia de atuação seguirá baseada no modelo MVNO voltado para provedores de internet, mantendo a TÁ como marca e operação independentes.
Ele firmou que a aproximação entre as empresas é resultado de uma relação construída ao longo do tempo. “A TIP acredita bastante no mercado de MVNO. A gente entende que o futuro dos ISPs é MVNO e o futuro da MVNO é através dos ISPs”, disse. Segundo ele, a TÁ sempre atuou com base consolidada junto aos provedores e manteve presença no cliente final por meio dessas parcerias.
Alves reforçou que a TIP não passará a atuar diretamente no consumidor final. “O provedor de internet sempre vai estar no meio, a TIP nunca vai chegar no cliente final. O modelo de negócio não vai mudar, jamais”, afirmou.
O CEO da TÁ Telecom, Rudinei Gerhart, explicou que o movimento não deve ser tratado como uma simples venda. Ele observou que a TÁ foi estruturada por 14 sócios, sendo ao menos dez provedores, e que a união com a TIP permitirá continuidade operacional com ganhos de eficiência. “A soma não é aritmética, não é um mais um igual a dois, é um mais um igual a cinco”, afirmou.
Gerhart seguirá como CEO. “A ideia é melhorar a operação e entregar um produto que faça muito mais sentido lá na ponta.”
Segundo ele, a TÁ reúne atualmente mais de 200 provedores e entre 60 mil e 70 mil ativações. O público é “100% humano”, destacou.
O head de MVNO da TIP, Carlos Rattis, explicou que a integração permitirá ampliar ofertas dentro da base da TÁ, incluindo produtos como telefonia fixa, IoT, IA, TV, streaming, vigilância e telemedicina.
Ele também destacou que a TÁ passa a ter acesso a redes móveis adicionais. Hoje, a TIP opera MVNO com Surf (TIM), Telecall (Vivo), Vero (TIM) e Unifique (TIM). “É um produto que hoje a TÁ não tem. Ela vai poder vender agora também a rede Vivo”, afirmou.
As duas operações manterão estruturas próprias, mas com integração operacional quando necessário. “Se a TIP está tendo um gargalo, vamos usar a operação da TÁ. Se a TÁ está tendo um gargalo, vamos usar a operação da TIP”, disse Alves.
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