Algar estrutura programa de IA com foco em eficiência, cliente e cultura interna


A Algar criou, há cerca de dois anos, um programa estruturado de adoção de inteligência artificial que já resultou na implementação de mais de 80 agentes de IA em diferentes áreas da companhia. A estratégia parte de três objetivos principais: ganho de eficiência operacional, melhoria da experiência do cliente e geração de novos resultados comerciais.

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“Começamos com um planejamento detalhado, que definiu as áreas prioritárias, os indicadores de sucesso e a arquitetura tecnológica necessária”, afirmou Zaima Milazzo, diretora de Produtos e Tecnologia da Algar, em entrevista durante a Futurecom 2025. Confira os detalhes no vídeo acima.

O programa teve início com foco em automação e machine learning, aplicado à análise de dados e comportamento de clientes. A adoção da IA generativa veio em um segundo momento, com o avanço das soluções disponíveis no mercado e a estruturação de uma governança interna para uso responsável da tecnologia.

Centro de excelência e capacitação

A companhia criou um Centro de Excelência em Automação e IA, que começou com cinco pessoas e hoje conta com 20 especialistas, entre arquitetos de dados, engenheiros de IA e engenheiros de prompt. O grupo é responsável por identificar casos de uso, avaliar ferramentas e conduzir a implementação das soluções mais adequadas.

“Nem todo problema precisa de IA generativa, que ainda tem custo elevado. Às vezes, uma solução preditiva ou de automação simples resolve melhor”, destacou Zayma.

Além disso, a Algar lançou o programa AImpulso, voltado à capacitação de todos os funcionários para o uso seguro e estratégico da IA. Segundo a executiva, a ação incluiu treinamentos práticos, projetos multidisciplinares e desafios internos como “prompatons” (desafios de criação de prompts) e “botatons” (desafios de criação de bots).

Segurança e governança

A empresa também estruturou normas de uso e segurança, com a homologação de ferramentas confiáveis em nuvem e o bloqueio de aplicações que possam expor dados sensíveis. “Segurança e privacidade foram premissas desde o início. As soluções que usamos passam por controle rigoroso e não comprometem informações da empresa ou dos clientes”, afirmou Zaima.

Entre os usos em andamento estão automações no jurídico, apoio à força de vendas, análise preditiva de churn na banda larga e atendimento ao cliente com IA generativa. “Não é um projeto só de tecnologia, é de negócio. A área de negócio treina os robôs, cuida dos dados e garante que a IA seja útil e confiável”, concluiu.

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