Cemig diz que preço de referência do poste não paga seus custos


Luciano Carvalho, gerente de Compartilhamento da Cemig
Luciano Carvalho, gerente de Compartilhamento da Cemig

Contagem – A Cemig está analisando mensalmente 19 mil pontos de fixação dos cabos de telecomunicações e emite duas mil notificações diariamente em obras feitas pelas operadoras de telecom nos seus cabos de energia elétrica. O gerente de Compartihamento da concessionária, Luciano de Souza Carvalho, alertou que existe uma concorrência desleal no uso dos ativos da empresa, pois, ao mesmo tempo em que há provedores pagando os preços contratados, outros atuam clandestinamente ou a revelia. “Há um desequilíbrio concorrencial na relação entre as próprias empresas de telecomunicações”, assinalou ele durante painel  do Encontro Provedores Regionais de Minas Gerais, promovido pela Bit Social, com apoio da Momento Editorial.

Segundo Carvalho, o preço de referência estabelecido pela Resolução 04 da Aneel e Anatel, que definiu o aluguel de R$ 3,19 por ponto de fixação (hoje, o valor corrigido já está em R$ 4,13 por ponto) não é suficiente para cobrir os custos de distribuição de energia, e, por isso, a empresa não pode praticar esse preço de referência para as operadoras de telecomunicações. 

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Segundo ele, dos R$ 4,13 definidos  como  preço de referência, a concessionária acaba ficando com R$ 1,30, pois 60% do valor tem que ser repassado para a tarifa, devido a regras da modicidade tarifária da energia elétrica. Além disso, é preciso recolher os impostos estaduais e federais, sobrando para a Cemig apenas 27% do preço cobrado. “A diretoria de governança não consegue explicar o preço de referência, pois ele não cobre os custos da atividade do compartilhamento da infraestrutura”, afirmou.

 

 

 

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3 Comments

  1. CARLOS GUERRA GODOY
    18 de abril de 2019
    Responder

    A CEMIG não pode ser referência de administração de custos. Atualmente restringe ao máximo o atendimento excluindo equipes em muitas cidades, cobra a energia mais cara do sul/sudeste e ainda tem rombo de caixa. isto sem contar com as noticias recentes que foi divulgada na mídia de desvio de dinheiro.

  2. Eugênio Pascelli
    18 de abril de 2019
    Responder

    Acredito que o Sr. Luciano de Souza Carvalho não está falando sério.

    Será que a energia, fornecida pela CEMIG, sendo a mais cara do país não consegue pagar o custo dos postes?

    E o que dizer da taxa de iluminação pública?

    Agora, multiplique o valor de R$ 1,30 (Um Real e trinta centavos) pela quantidade de postes disponibilizadois.

    É muito dinheiro!

    É um choro desnecessário!

  3. 7 de fevereiro de 2020
    Responder

    Ótimo artigo estou começando agora e vir o seu artigo muito espero poder escrever mais artigos como este no futuro obrigado por compartilhar essas dicas.

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