Condax expande cobertura em condomínios horizontais


Desde 1991 a Condax adquiriu muita familiriadade com o universo de telecom. Foi quando a empresa passou a representar fornecedores dessa área em Minas Gerais, sua base de atuação. Aos poucos, essa relação começou a se transformar, passou pelo estágio de integradora de serviços de internet e de telefonia interna em condomínios para, finalmente, se tornar um provedor de acesso à Internet. Para não negar as raízes, a especialidade da empresa passou a ser, justamente, atender à demanda de condomínios horizontais mais afastados ou mesmo em zonas rurais.

Domingos Barbosa, diretor comercial, conta que a licença de SCM (Serviço de Comunicação Multimídia) foi obtida em 2007 e por questões tributárias a empresa foi dividida em duas, a Condax Telemática, para os produtos de telecom, e a Condax Tecnologia, para o serviço de ISP. A área de atuação também foi ampliada e além de Brumadinho, passou a atender outras duas cidades próximas, Nova Lima e Itabirito, a 150 quilômetros de Belo Horizonte, onde está a sede da companhia.

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Se inicialmente os negócios estavam mais concentrados na unidade de vendas de equipamentos, com o tempo essa composição foi mudando e o provedor mereceu mais destaque. “Com a crise econômica em 2014, o acesso à Internet começou a representar mais e chegamos a 1000 assinantes de serviço de banda larga”, observou o executivo.

Dos acessos via rádio que eram utilizados inicialmente, a Condax passou a implantar rede de fibra óptica a partir de 2015. “Não fizemos isso antes porque não tínhamos escala e as OLTs (Optical Line Termination) na época partiam de 128 clientes para cima”, disse. As OLTs são equipamentos compactos localizados no centro de toda a rede e de onde saem as conexões fibras ópticas com o sinal Gpon para os assinantes.

A expansão via plataforma FTTH coincidiu com outra conquista para a Condax, um novo modelo de negócios com os condomínios. Antes havia uma dificuldade muito grande para que o condomínio assumisse os investimentos da instalação da rede. Para a provedora, o custo também era alto uma vez que nem todos as residências se tornariam assinantes da empresa, mesmo que não houvesse cobertura para banda larga fixa na região.

Na nova configuração, a Condax vende a rede para o condomínio que divide seu custo pela quantidade de lotes, o que é incluído no preço de aquisição. A partir daí, a ISP faz contratos individuais para ativação. Atualmente, a empresa responde pela conexão de dez condomínios nas três cidades e os planos para este ano prevêem a conquista de mais quatro contratos e em 2019 mais seis.

A empresa também ampliou a oferta de serviços. Ela usa a rede para fazer o monitoramento de toda a área local, com câmeras de segurança, além da interfonia IP para comunicação das equipes do condomínio. Para os clientes, há ainda a possibilidade de adquirir pacotes de telefonia IP da Condax. Para essa investida, o provedor trabalha em parceria com a gaúcha Pligg. “Antes operávamos com o serviço Vono. Mas após a venda da GVT ele foi suspenso”, ressaltou Barbosa.

O esforço de levar o acesso à Internet para áreas antes isoladas, sem comunicação, passa muitas vezes pelo atendimento via rádio de comunidades próximas do condomínio e fazendas. Na região rural de Brumadinho, por exemplo, está Suzana onde há 60 clientes da Condax. Barbosa, entretanto, não tem planos de competir em áreas urbanas mais populosas. “Em Brumadinho temos dois provedores que já instalaram fibra. Se eu entrar lá para disputar clientes, isso acaba sendo via preços. Não tenho interesse nessa estratégia”, afirmou.

A Condax está oferecendo pacotes de banda larga de 5, 10, 15 e 20 Megas, apesar de ter capacidade de chegar a até 100 Megas. “Mas para chegar ao topo, preciso de links de acesso de qualidade “, enfatizou o executivo. A provedora tinha um acordo para utilizar o lnk da Cemig Telecom mas desde que a empresa foi vendida no início de agosto para a American Towers, não tem notícias sobre o futuro das negociações.

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