CPQD desenvolve identidade digital para o sistema financeiro brasileiro


Conferência Abranet. Crédito-Freepik
A Conferência reúne 100 maiores ISPs. Crédito-Freepik

CPQD desenvolveu o conceito de identidade digital descentralizada – ou autossoberana – como base de uma solução inovadora para o sistema financeiro. A solução foi projetada dentro do Laboratório de Inovações Financeiras e Tecnológicas (LIFT), uma iniciativa colaborativa e virtual coordenada pelo Banco Central.

A prova de conceito (PoC) da nova solução, que recebeu o nome de FinID – Sistema de Identidade Digital Descentralizada, foi concluída em novembro e o relatório final do trabalho será publicado em março – quando serão apresentadas as inovações criadas na segunda edição do LIFT, realizada ao longo de 2019.

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José Reynaldo Formigoni, gestor de Soluções Blockchain do CPQD, explica que, de acordo com esse conceito, o próprio dono (holder) da identidade digital é o responsável pelo controle e gestão dos seus dados, o que é compatível com a Lei Geral de Proteção dos Dados Pessoais (LGPD), que entra em vigor em agosto. “A identidade digital descentralizada é composta por várias credenciais eletrônicas emitidas por diferentes identificadores participantes (também chamados de agentes) que fazem parte de uma rede blockchain”, acrescenta.

Ele revela que o conceito já vem sendo adotado em vários países e que está em discussão, em diversas organizações globais, a padronização do modelo de identidade digital descentralizada. “No Brasil, a intenção é utilizar esse conceito em outros projetos coordenados pelo Banco Central, como o de open banking, por exemplo, que envolve a troca de informações sobre usuários entre os bancos e a nova plataforma de pagamentos instantâneos. O FinID viabiliza a implantação desses projetos, uma vez que dá ao usuário o controle e a gestão do acesso aos seus dados”, enfatiza Formigoni.

Com a identidade digital descentralizada, essa credencial (formada pelos dados pessoais e os diversos identificadores) fica de posse do usuário, que pode apresentá-la a outras instituições financeiras com as quais não se relaciona, mas que têm uma oferta do seu interesse. “Funciona como um passaporte que ele pode usar em vários bancos. Todos os identificadores (equivalentes aos vistos e carimbos do passaporte) vão sendo somados e armazenados nessa credencial”, compara Fernando Marino, líder técnico em Blockchain do CPQD.

Entre as vantagens, ele destaca a redução da burocracia, a facilidade de atualização das informações (que só precisa ser feita em um lugar) e, principalmente, a autonomia e a flexibilidade para o usuário, que pode utilizar serviços e aproveitar as ofertas de diferentes instituições financeiras sem necessidade de se tornar correntista. “Para os bancos, a credencial traz informações que permitem conhecer melhor o cliente e, assim, oferecer a ele produtos personalizados”, conclui Marino.(Com assessoria de imprensa)

 

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