Falha global na Google Cloud expõe riscos de depender de um único fornecedor


Na última quinta-feira, 13 de junho, serviços da Google Cloud enfrentaram instabilidades que afetaram usuários e empresas em diversos países. Entre os serviços comprometidos estavam Gmail, Google Drive e Google Agenda. A falha também coincidiu com oscilações percebidas em outras plataformas de grande porte, como Cloudflare, Spotify e Amazon Web Services (AWS).

A Akamai, empresa global de infraestrutura de nuvem e segurança digital, monitorou o tráfego em tempo real durante o incidente e apontou um comportamento regional desigual. Cidades norte-americanas como Los Angeles, Chicago, Seattle, San Jose e Dallas registraram quedas significativas no volume de tráfego. Por outro lado, regiões como Frankfurt (Alemanha) e Amsterdam (Países Baixos) apresentaram aumento, indicando um redirecionamento automático das operações — mecanismo conhecido como failover, que transfere a carga para outras regiões quando há falhas locais.

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Segundo a Akamai, o episódio reforça os riscos de se depender exclusivamente de um único provedor de nuvem. “Sem um plano de distribuição e recuperação bem estruturado, uma falha pode ter efeito cascata sobre vários serviços”, avaliou a empresa em análise divulgada após o incidente.

A recomendação é que empresas e provedores invistam em arquiteturas distribuídas — como a multinuvem, que combina diferentes fornecedores de nuvem, e a multirregião, que opera com redundância geográfica. Esse tipo de abordagem permite que sistemas continuem funcionando mesmo diante de interrupções parciais.

O gráfico de tráfego acima, divulgado pela Akamai, ilustra o impacto do incidente, com queda abrupta nos acessos por volta das 18h e uma posterior retomada próxima das 20h, sinalizando redistribuição automática das cargas para outras regiões. A recuperação desigual entre as linhas representa o redirecionamento para localidades menos afetadas, uma característica típica de operações com arquitetura multirregião.

Embora o serviço da Google Cloud tenha sido gradualmente restabelecido, o episódio reacende o debate sobre continuidade de negócios e infraestrutura crítica na internet. (Com assessoria de imprensa)

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