Desafios e progressos da participação feminina no setor de TI


Participação feminina cresceu 32,5% no setor de TI. Mas remuneração é 15,6% inferior à dos homens.
Apesar do aumento na participação feminina no mercado de TI, a remuneração ainda é inferior Foto: wocintechchat/Unsplash
Participação feminina cresceu 32,5% no setor de TI. Mas remuneração é 15,6% inferior à dos homens.
Apesar do aumento na participação feminina no mercado de TI, a remuneração ainda é inferior à masculina Foto: wocintechchat/Unsplash

O Observatório Softex, lançou o “W-Tech – O panorama da participação feminina no setor de TICs”. Através de dados de fontes oficiais, a pesquisa apresenta uma análise detalhada sobre a presença feminina na indústria de TI no Brasil.

Embora as mulheres representem a maioria da População em Idade Ativa (PIA) no Brasil, correspondendo a cerca de 51%, a presença delas na indústria tecnológica continua sendo uma minoria, com os homens ocupando aproximadamente 75% dos cargos.

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Nos últimos anos, houve um aumento na participação de mulheres profissionais no setor de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC). Evoluindo de 33.196 em 2015 para 43.990 em 2021. Esse número representa um crescimento de 32,5%. Essas profissionais estão distribuídas em diversos segmentos, com 25% atuando na Indústria de Software, 23% nos Serviços de TICs e 13% no setor de Telecomunicações. Para os homens, esse aumento foi de 31,6% no mesmo período.

A distribuição de mulheres em diferentes ocupações permaneceu relativamente estável em várias áreas, com taxas de representatividade em torno de 26% para analistas, 12% para engenheiros, 32% para gerentes, 22% para programadores e 23% para tecnólogos. No entanto, observou-se uma diminuição na presença feminina em cargos de direção, caindo de 22% para 15,4%. Além de funções administrativas, que mostraram uma queda de 20,6% para 18,7%, e técnicas, de 11,3% para 6,5%. Além disso, as mulheres continuam a receber, em média, cerca de 79% do salário pago aos homens.

Representatividade feminina

A falta de representatividade feminina permanece uma questão de preocupação na Indústria de Software e Serviços de Tecnologia da Informação e Comunicação (ISSTIC). Dados revelam que há um longo caminho a percorrer em relação a esse assunto. Isso, apesar dos esforços e investimentos em políticas de diversidade para incentivar o aumento da participação das mulheres e promover a equidade de gênero no setor. Essa realidade não se limita ao Brasil, é observada em escala global. De acordo com dados de 2023, as mulheres ocupam apenas 26,7% dos postos de trabalho no setor de tecnologia em todo o mundo.

“Com uma remuneração inferior à masculina, uma sub-representação na força de trabalho na ordem de 25% e ocupação de apenas 32,1% nos cargos gerenciais, fica evidente que este cenário requer uma aceleração significativa em direção à meta ambiciosa de atingir 50% de representação feminina até 2030″, afirmou Elisa Carlos, head de operações da Softex.

Conscientes do desafio representado por essa disparidade, governo, empresas e instituições de ensino têm unido forças para promover a diversidade de gênero no setor de tecnologia da informação. Para isso, têm sido oferecidos programas de capacitação, mentoria e ambientes inclusivos, buscando encorajar mais mulheres a ingressarem e se destacarem nesse campo profissional. No entanto, mesmo com esses esforços, dados de 2021 revelam que apenas 16,5% das matrículas em cursos da área são de mulheres. (Com assessoria de imprensa)

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