Serviço de interconexão com IA da Equinix chega a SP em 2026


A Equinix planeja iniciar no primeiro trimestre de 2026 a oferta do Equinix Fabric Intelligence, solução que adiciona camadas de inteligência artificial à interconexão de redes entre empresas, provedores de nuvem e plataformas digitais. O anúncio foi feito pelo presidente da companhia no Brasil, Victor Arnaud, na entrevista acima, veja na íntegra.

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A nova tecnologia foi apresentada na matriz global da empresa, nos Estados Unidos, há uma semana, e terá “rollout” simultâneo em mercados considerados estratégicos para a interconexão, incluindo São Paulo, Londres, Hong Kong e Austrália. “São Paulo é um dos principais mercados da Equinix em volume de interconexão e sempre é visto como um dos early adopters quando o assunto é este”, disse.

Histórico e escala global

Arnaud explicou que a Equinix nasceu em 1998 com a proposta de reunir operadoras em data centers para troca de tráfego. O modelo foi ampliado para diferentes segmentos da economia e consolidou a empresa como uma das maiores do setor. Atualmente, são 273 data centers e 492 mil interconexões registradas, número que, segundo o executivo, supera em conjunto os dez principais concorrentes.

No Brasil, a empresa já oferece interconexão via rede definida por software (SDN), permitindo que clientes estabeleçam conexões por meio de portal digital com instâncias de nuvem em diferentes partes do mundo, bancos e fornecedores de software.

Nova camada de inteligência

A novidade do Fabric Intelligence será a incorporação de inteligência artificial para automatizar decisões e sugerir rotas de tráfego e parceiros de interconexão. “Imagina, você vai conseguir configurar a interconexão através de um prompt de IA. Eu acho que hoje o prompt é a nova interface”, disse Arnaud.

Ele destacou ainda que a Equinix pretende manter a solução como plataforma agnóstica, integrando diferentes modelos de IA, sistemas de observabilidade e telemetria. “A gente começou a sentir a necessidade de adicionar inteligência porque os clientes passaram a integrar a interconexão nas suas próprias aplicações via APIs”, explicou.

O produto está em fase de testes com clientes selecionados. A definição de preços e modelos de contratação ainda não foi estabelecida, mas Arnaud acredita que a inteligência passará a ser parte central do negócio: “Vejo em um futuro que essa camada será tão fundamental que ninguém vai comprar o Fabric sem a inteligência.”

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