A conectividade como um fator de impacto social


Crédito: DivulgaçãoPor Rafael Rodrigues 

É possível mensurar o impacto da conectividade em sociedade? Com certeza, seria uma tarefa no mínimo árdua identificar como e onde a internet transforma a vida de milhões de pessoas. Mas, se por um lado, discutimos – com razão – a importância de que ISPs modernizem suas operações e atuem com serviços de alta qualidade, por que não estender o debate para a função cívica de empresas que fazem parte do dia a dia da população? No fim das contas, todas as tendências e novidades são motivadas por uma entrega bem-sucedida ao usuário final, de modo a garantir uma experiência única, seguida por etapas relevantes de fidelização.

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A partir desse princípio, a discussão pode caminhar para diversas frentes. Hoje, ter uma rede de conexão estável e veloz abre portas para que o cidadão encontre um universo de oportunidades, seja em busca de espaço no mercado de trabalho, para expor seu talento em redes sociais, agendar e conduzir atividades de saúde ou simplesmente consumir o conteúdo de sua preferência, entre inúmeras outras finalidades possibilitadas pelos serviços prestados por ISPs. Logo, não seria nenhum absurdo afirmar que a internet está no centro de tudo.

Para termos uma ideia da abrangência do tema, de acordo com um estudo recente elaborado pela New York University, idosos que utilizam a internet de forma regular e moderada apresentam um menor risco de demência. No campo científico, estudos surgem com certa recorrência, alertando, claro, para malefícios por trás do excesso de uso de redes sociais, mas comprovando, em muitos casos, como a conectividade faz parte de soluções cruciais para o futuro da humanidade. Isso posto, na vanguarda do acesso à informação e na materialização da comunicação em ambientes virtuais, estão os ISPs, enquanto responsáveis por construir uma infraestrutura capaz de conectar usuários por todo o mundo.

Conectividade é espinha dorsal de políticas de inclusão digital

Atualmente, segundo dados levantados pelo Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), no Brasil, são 60 milhões de domicílios conectados, representando 80% dos números totais. Apesar de positivo, o cenário ainda sofre com problemas de desigualdade, especialmente quando a análise se distancia de centros urbanos e acaba em localidades mais remotas no país. Por uma expansão cada vez mais efetiva em solo brasileiro, é imperativo que esforços sejam reunidos por agentes que protagonizam o segmento. O que inclui a esfera pública, sem dúvidas, somada à participação estratégica de provedores dedicados a oferecer o que há de mais transformador em termos digitais.

Por fim, como o próprio título do artigo sugere, já é fato consumado que a conectividade é um elemento de impacto social, por evidências que continuam pautando nosso dia a dia. O desafio está, agora, em levar esse conceito de conexão de ponta a um número máximo de brasileiros, sob a premissa de delegar todas essas contribuições mencionadas a quem também tem o direito de fazer parte de um amplo processo de inclusão digital, com um olhar igualitário e que considere a disponibilização de serviços de internet para todo o Brasil.


*Rafael Rodrigues é Managing Director da Celeti HUB, comunidade de provedores independentes, com foco na prestação de serviços de tecnologia, distribuição de streaming, compras, marketing e educação. O executivo é graduado pela FAAP, com especialização em Economia pela FIA e MBA em Gestão de Negócios e Inovação pela BI International.

 

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