Para Brisanet, lotes regionais não arrematados devem ser mantidos para PPPs


O CEO da Brisanet, Roberto Nogueira, considera a proposta de edital do leilão do 5G para os prestadores de pequeno porte, com exceção da possibilidade de vender os lotes de 60 MHz não arrematados pelos provedores regionais na segunda rodada, que poderia ser adquirido pelas grandes operadoras. Para ele, isso é condenar as mais de quatro mil cidades a não ter 4G até 2030, o que considera um desperdício do espectro.

Nogueira defende que estes lotes regionais não arrematados sejam colocados na prateleira e esperar por dois três anos para que os próprios ISPs, sozinhos ou em conjuntos, possam adquiri-los. Nesse caso, os adquirentes terão o compromisso de implantar redes em todas as cidades da região com população abaixo de 30 mil habitantes, até 2026. “Isso evitaria o aparecimento de aventureiros”, disse o empresário, que participou nesta sexta-feira, 22 da live do Tele.Síntese, que discute tudo sobre o 5G.

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O modelo de negócio da Brisanet é cobrir com backbone e backhaul todas as cidades da região, aproveitando os ativos dos ISPs já existentes, criar uma MVNO regional com a adesão dos parceiros e, em 2023, começar a implantar a rede 5G. Nogueira acredita que esse modelo de negócios é o que será estimulado pela Anatel.

Nogueira disse que, para avançar nesse plano, a Brisanet criou uma segunda bandeira, a Agility Telecom, que funciona como uma franquia da marca. Ele afirmou que em 10 meses de lançamento, já reuniu 140 ISPs parceiros. “A expectativa é de que em 2026 50% das cidades brasileiras estarão conectadas ao 5G”, disse.

Para Nogueira, nos primeiros cinco anos, o 5G funcionará como uma extensão da banda larga fixa, para dar mobilidade a esse serviço. Para Internet das Coisas (IoT) o uso ficará para mais tarde. “A fibra óptica vai estar em todas as casas e o 5G será uma bolha gigante de Wi-Fi”,afirmou.

 

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